A unha pode encravar quando cresce inadequadamente debaixo da pele, ou quando a pele em torno da unha cresce com uma rapidez anormal e envolve parte da unha.
Isto acontece porque a pele forma uma barreira ao seu crescimento, como a unha não pára de crescer e é mais dura, ela penetra na pele causando dor e inflamação.
As possíveis causas desse tipo de problema podem ser o formato natural das unhas, o hábito errado de se cortar os cantos das unhas, causando a formação de uma ponta na extremidade cortada, e com o peso do corpo, a pele que antes estava embaixo da unha, se projeta para cima e entre na frente da mesma. Com isso, a unha cresce e encrava.
O uso contínuo de sapatos de pontas finas também facilita o encravamento das unhas.
Em crianças recém-nascidas, o uso de macacões com pés fechados também pode ocasionar o problema se não forem bem folgados.
Manifestações clínicas
As unhas encravadas podem não apresentar sintomas no início, mas elas acabam causando dor, especialmente quando a área é pressionada.
Os dedos mais atingidos são os dos pés, principalmente o artelho (dedão).
O quadro se inicia com dor local que vai aumentando de intensidade e pode se tornar insuportável.
A pele ao redor da unha fica inflamada, inchada e avermelhada, podendo haver eliminação de pus e formação de um granuloma piogênico (carne esponjosa).
Prevenção
• Para evitar o encravamento das unhas, nunca as corte pelos cantos, mantendo sempre as pontas livres;
• As unhas dos pés devem ser cortadas retas;
• Evite cortar as unhas curtas demais, deixando sempre uma pequena faixa de borda livre (aquela parte branca);
• Evite usar calçados apertados, principalmente na frente (dedos);
• Se já estiver com a unha encravada, mantenha-a arejada, não use sapatos apertados, prefira as sandálias e chinelos, para evitar que a inflamação aumente;
• O correto quando uma unha encrava é procurar um profissional (podólogo) que vá desencravá-la, não se deve cutucar ou tentar cortar a unha, isso pode causar mais problemas.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com a intensidade de cada caso.
Desde medidas simples, como a colocação de algodão estéril sob a unha até o desaparecimento do inchaço, até procedimentos cirúrgicos para remover o tecido inflamado ou destruir a matriz da unha no canto onde ela encrava, podem ser necessários.
A extração da unha deve ser evitada, pois quando ela voltar a crescer, pode encravar novamente.
O tratamento cirúrgico visa desobstruir a passagem da unha, que pode então crescer livremente.
Em caso de infecção secundária, pode ser necessário o uso de antibióticos de uso local ou via oral.
O granuloma piogênico (carne esponjosa), quando ocorre, deve ser cauterizado com substâncias químicas ou então através de eletrocoagulação.
O tratamento ideal para a unha encravada deve ser determinado pelo dermatologista ou podólogo.